Celulares pequenos: o retorno do rei

Em 2018, desapontado com a falta de celulares pequenos no mercado, escrevi:

Mas vejo pelo menos dois possíveis cenários para uma volta do iPhone SE: como um celular pequeno e caro ou como um celular grande e barato.

No primeiro caso, o iPhone SE seria basicamente uma versão reduzida do iPhone XS ou do iPhone XR. Ele teria uma tela ocupando quase toda a superfície do aparelho e tecnologias avançadas como o Face ID. Inevitavelmente, seu preço seria alto. Esse é o meu cenário favorito, mas parece ser também o mais improvável. De qualquer maneira, se a ideia da Apple é investir em aparelhos mais caros, então essa é a nossa esperança de um iPhone pequeno.

O segundo cenário não é tão impossível. Nele, o iPhone SE ocuparia o lugar do iPhone 7 e do iPhone 8 como o celular “barato” da Apple, assim como ocorreu em 2016, quando ele substituiu o iPhone 5S. O problema é que, nesse caso, o iPhone SE certamente usaria o mesmo corpo do iPhone 7 – ou seja, seria grande o suficiente para desagradar os entusiastas de celulares pequenos.

Em 2020, os dois cenários se concretizaram. O primeiro, com o iPhone 12 Mini, revelado em outubro; o segundo, com a nova geração do iPhone SE, lançada em abril.

A coisa ficará melhor quando o iPhone Mini virar o novo iPhone SE. Se isso ocorrer, novamente teremos no mercado um bom celular pequeno e “barato” – como a primeira geração do iPhone SE. (Só em 2024? Espero que não.)

Quem sabe isso finalmente estimule o lançamento de bons modelos compactos com Android – o último parece ter sido o Sharp Aquos R2 Compact, lançado em 2018. Mas não tenho muitas esperanças.

Por enquanto, o iPhone volta a reinar sozinho entre os compactos. A falta de concorrência é triste, mas, se não fosse pela Apple, esse reino nem existiria mais.