Algumas diferenças entre Dunga e Tostão

Tostão, na Folha:

Dunga e Gilmar não fazem nada ilegal, aproveitam uma ótima oportunidade profissional, e as pessoas não costumam se preocupar com a vida do patrão quando são contratadas por uma empresa. Porém, no mínimo, deveriam sentir-se constrangidos por exercerem cargos de confiança do presidente da CBF.

Por isso, em 2000, não aceitei o convite para ser diretor-técnico da seleção, quando o presidente era Ricardo Teixeira, e, recentemente, para manter minha independência como colunista, recusei o plano de saúde ofertado pela CBF aos campeões do mundo.

Dunga criticou os que não comparecem, quando convidados, aos eventos realizados pela CBF, pois, segundo ele, são oportunidades para ajudar o futebol brasileiro. Não aceitei ir a encontros entre campeões do mundo, comentaristas e a comissão técnica porque quero manter distância da CBF e porque não acredito em reuniões esporádicas, em que todos se abraçam, se elogiam e cada um diz uma frase, geralmente um lugar-comum. É muito blá-blá-blá e pouca ação.